A constipação ou obstipação intestinal é uma condição caracterizada por defecação insatisfatória associada a menos de 3 evacuações em uma semana e/ou fezes endurecidas, as quais podem trazer desconforto e/ou distensão abdominal.
O número de pessoas que sofrem desta condição no mundo é bem variável, pois depende muito dos hábitos de vida e das doenças prevalentes em cada região. No entanto, a maioria dos autores cita valores que vão de 8 a 30% da população, sendo 2 vezes mais comuns nas mulheres que nos homens. Um artigo publicado em 2017 na revista Current Treatment Options in Gastroenterology (Baffy N et al; 15:363–381) estima que anualmente ocorrem 7 milhões de consultas médicas devido a constipação intestinal e que destas, cerca de 2,5 milhões são feitas por pacientes com 65 anos ou mais.
Os fatores que mais implicam no seu aparecimento estão relacionados à baixa ingestão de fibras, água e a pouca prática de atividade física semanal. No entanto, a constipação intestinal pode ter uma causa secundária, isto é, pode ser o sintoma de doenças como hipotireoidismo, Doença de Chagas (com comprometimento intestinal), neoplasias e doenças neurológicas ou devido ao uso de algumas medicações, como os opióides.
O foco principal que devemos ter em mente é buscar a causa do quadro clínico para que haja um efeito maior sobre a eficácia do seu tratamento.
